Por George Henrique
Ascom/Cooperfrigu
O curso aconteceu na sede da empresa, em Gurupi |
Em
parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Tocantins
(Sescoop/TO), a Cooperfrigu realizou o curso de boas práticas de manejo no
transporte de cargas vivas aos motoristas transportadores de gado da
cooperativa, nos dias 11 a 13 de novembro. O zootecnista Paulo da Silva Ferraz
Netto foi o responsável por instruir os colaboradores.
Cuidar
da boiada na fazenda para que não se machuque e, também, no caminho até as
indústrias frigoríficas, é um dos trabalhos mais importantes na pecuária. Sem
essa atenção, as perdas de carne, por contusão, podem colocar por terra o árduo
trabalho de cerca de três anos para se criar um bovino. O pecuarista pode
sentir no bolso as consequências de um mau manejo do gado.
Muitas
contusões nos bovinos ocorrem antes dos animais chegarem ao abate, podendo ser
decorrente do manejo de pesagem, embarque e transporte, alguns fatores que
contribuem para o transporte inadequado de bovinos. Esse manejo inadequado pode
provocar prejuízos de até R$ 154 por cabeça de animal.
Nesse
sentido, o objetivo do curso foi oferecer conhecimentos sobre a melhor forma de
conduzir os animais para eles chegarem à indústria frigorífica com o mínimo de
hematomas possíveis e com a melhor qualidade de bem-estar animal. Ao contrário
do mau manejo, o manejo do gado de forma aplicada e prudente contribui para a
qualidade da produção de carnes.
“É
importante eles terem o entendimento que o transporte tem que ser cuidadoso,
cauteloso. Eles devem parar em certos momentos na estrada para ver se não há
nenhum animal deitado ou debilitado, que possa vir a ser pisoteado pelos que
estão em pé, ou que possam derrubar os que estão em pé criando hematomas que
vão causar prejuízos, tanto para o produtor, quanto para a indústria, e,
também, para os próprios motoristas”, explicou o zootecnista.
Paulo
Ferraz elogiou a participação dos colaboradores. “Eles foram muito
participativos, questionaram muito, explicaram as situações vividas no dia-a-dia,
o que acontece com eles na estrada. Por meio disso, fomos fazendo uma mediação
para levar as informações de primeiros socorros, primeiras atitudes a serem
tomadas em qualquer situação, por exemplo um bloqueio na pista, uma
fiscalização que vai ficar com esses animais muito tempo na estrada”, destacou.
Segundo
o instrutor, a rápida tomada de decisão em eventuais problemas na estrada é
importante para não comprometer o animal. “As informações e a velocidade da
tomada de decisão é que vai ser definitivo para essa qualidade da carne, o
animal vai chegar com menos estresse possível numa condição de equilíbrio emocional”,
finalizou Paulo Ferraz.
O encarregado de transportes Salmeron Alves Chaves, da empresa Águia
Transportadora, responsável pelos transportes dos animais que vão para a
cooperativa, aprovou a metodologia utilizada pelo zootecnista Paulo Ferraz.
“Foi bastante dinâmico a forma de transmissão do conteúdo, utilizando inclusive
de dinâmicas, onde foi colocado de forma holística toda a cadeia produtiva da
carne bovina até chegar ao consumidor final. Isso deu um enfoque maior para
atingir o objetivo da formação”, disse.
Para
o diretor comercial da Cooperfrigu, Tarcizio de Souza Goiabeira, o transporte
liga os elos produtivo e industrial e beneficia qualidade ao consumidor final.
De acordo com ele, a indústria frigorífica gurupiense é pioneira no Estado do Tocantins
quando o assunto é capacitação das pessoas envolvidas no transporte de cargas
vivas.
“O
curso de qualidade de transporte em carga viva é importante porque quando se
faz um trabalho bem feito na fazenda e faz um trabalho bem feito na indústria,
o transporte liga os elos (o elo produtivo com o industrial). Para uma industrialização
da carne com qualidade é necessário que os animais cheguem em boas condições de
abate”, enfatizou o diretor.
Tarcizio
esclareceu que o trabalho de capacitação é feito para melhorar a qualidade dos
produtos industrializados na cooperativa, além de transmitir mais conhecimentos
aos colaboradores da empresa. “Com esse ambiente de construção do conhecimento,
vamos trazer uma carne de melhor qualidade ao consumidor”, concluiu.
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