Por George Henrique
Acadêmico de Jornalismo
Segundo a revista Forbes, Ricardo Amorim é o economista mais influente do Brasil na atualidade |
Para realizar a última etapa do 3° Encontro Estadual da Indústria e discutir o cenário da indústria na perspectiva de saída da crise aos empresários do segmento, a Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) trouxe à Gurupi na noite desta quarta-feira, 08, o renomado economista Ricardo Amorim. O evento aconteceu no Palaciu's Real Eventos.
A palestra em Gurupi concluiu o calendário de ações em comemoração aos 25 anos do Sistema FIETO. Outras duas etapas do encontro aconteceram em Araguaína e Palmas, nos meses de setembro e outubro, respectivamente. "Fico muito feliz de poder fazer esse evento aqui em Gurupi, essa importante cidade polo do sul do Estado, que muito contribui com a nossa economia também", disse Roberto Pires, presidente da FIETO.
Segundo Roberto Pires, o Estado apresentou crescimento industrial e econômico mesmo com o cenário de crise enfrentado em todo o país. "A gente fica com a impressão que realmente o pior momento já superou e vale falar que o Tocantins, mesmo neste momento muito grande de depressão da economia do Brasil, cresceu mais que o país", destacou.
Durante o encontro, Ricardo Amorim falou de oportunidades e demonstrou preocupação com o cenário da política nacional e aprovações das reformas. "Quando teve a primeira denúncia contra o presidente Temer, se alguém me perguntasse alguns meses antes, no meio disso tudo, se o governo iria conseguir aprovar a reforma trabalhista eu teria dito 'não, não vai!' [...] e conseguiu", ilustrou Amorim.
Ricardo disse ter a sensação de que, aparentemente, Michel Temer tenha sentido um pouco o golpe na segunda denúncia contra ele na Câmara Federal. "Até fisicamente talvez, eu não sei. O fato é que talvez, por isso, ele tenha jogado um pouco a toalha e falado 'olha, não vai andar a reforma da previdência' que foi o que causou todo esse movimento negativo nos mercados", evidenciou.
De acordo com o economista, se a reforma da previdência não evoluir as contas públicas ficarão comprometidas. "O Brasil vai crescer menos o ano que vem e o que é mais grave é que vamos passar por problemas complicados, já estamos vendo quais as consequências disso no Rio de Janeiro. Vai faltar dinheiro e sem dinheiro o governo não vai pagar aposentado, não vai pagar funcionário público", explicou.
Sobre a industrialização do Tocantins, Ricardo amorim defendeu a realização de um estudo das principais potencialidades das cadeias produtivas para agregação de valor ao produto do Estado. "O Tocantins é um Estado novo que está no meio do Brasil, numa região onde temos a expansão significativa de fronteira de agropecuária, especificamente aqui no sul do Estado sabemos da importância que a pecuária já tem e a crescente que a gente está tendo na parte de grãos", finalizou.
O objetivo do encontro foi proporcionar um ambiente de exposição e discussão dos destinos e principais diretrizes inspiradoras das políticas nacionais de desenvolvimento industrial, além de fomentar a busca por soluções diante de momentos de crise política e econômica, evidenciar junto ao poder público suas preocupações, influenciar políticas oficiais e oferecer recursos e competências para viabilizá-las.
Entre as autoridades presentes estavam o presidente da FIETO, Roberto Pires, o presidente do Sindicarnes/TO, Oswaldo Stival Júnior, a reitora da UnirG, Lady Sakay, o secretário de Produção, Cooperativismo e Meio Ambiente de Gurupi, Tom Lyra, professores e coordenadores do curso de jornalismo da UnirG.
Palestrante
Ricardo Amorim é economista (Universidade de São Paulo), um dos debatedores do programa “Manhattan Connection” da Globo News desde 2003, colunista da Revista Istoé e o único brasileiro entre os melhores e mais importantes palestrantes mundiais do site britânico Speakers Corner e o maior influenciador do LinkedIn em todo o mundo. É pós-graduado em Finanças Internacionais pela Escola de Ensino Superior de Ciências Econômicas e Comerciais (ESSEC) de Paris, com mais de 20 anos de presença destacada no mercado financeiro global e considerado pela revista americana Forbes o economista mais influente do Brasil.
Confira a reportagem realizada pelos acadêmicos de jornalismo da UnirG sobre o evento:
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