Por George Henrique
Ascom/Sindicarnes
Segundo dados divulgados no informativo
sobre o boi gordo do Radar Investimentos na última quarta-feira, 05, a carcaça
bovina no atacado está com leves quedas e o varejo tem negociado quantidades
mínimas devido ao consumo interno estagnado. Pelas baixas temperaturas, o
Tocantins é citado no relatório.
O informativo aponta que o frio em
regiões fortes da pecuária estimula a saída dos animais a pasto. Tocantins,
Mato Grosso, Goiás e Pará encontram-se dentro desse contexto de estímulo por
causa das situações climáticas.
Douglas Coelho, analista do Radar
Investimentos, explicou um pouco sobre o mercado do boi gordo, as condições
climáticas atípicas deste ano e o volume das chuvas no Tocantins. De acordo com
o analista, a queda de temperatura atrapalha nas situações dos pastos e causa
mudança no cenário da oferta.
“O clima atípico de 2017 colaborou com
a retenção dos animais por parte do pecuarista. No primeiro semestre deste ano,
as chuvas até maio-abril foram acima dos anos anteriores. Isto combinado com os
fatores externos que colaboraram para a retenção dos animais nos pastos, pois
havia boas condições das pastagens e o pecuarista ganhava tempo para assimilar
o que ocorria”, revelou Douglas Coelho.
Em um cenário em que as ofertas de
animais cresceram e os frigoríficos estão com estoques mais elevados, o
analista acredita ser mais complicado para o pecuarista. “O pecuarista vai
tentar negociar, mas o frigorífico vai estar com apetite menor, com estoque
elevado, com escala completa e não vai querer pagar um preço mais alto”,
explicou.
“É possível que estes fatores externos
tenham inibido a venda dos animais no primeiro semestre em função dos preços da
arroba, que caíram bem nas últimas semanas. Se o pecuarista tiver boiadas a
pasto, cabe a ele vender estes animais ou aportar mais caixa na operação para
suplementar o rebanho. Em anos de crise como este, o caixa pode estar curto
para suplementar”, disse Douglas.
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