Acadêmico de Jornalismo
Foto ilustrativa retirada da internet |
É de chamar atenção a supervalorização que certos governantes
dão a aposentados e reformados sem conhecimento técnico e sem nenhum peso político.
Funcionários públicos aposentados de todas as esferas estão sendo convidados a
ocupar cargos de confiança, que deveriam ser de servidores que estão na ativa e
com conhecimento técnico. Estes, nem são nem lembrados, a não ser nas campanhas,
para romper em ruas e avenidas abrindo portas de casas e empresas.
Estes aposentados e reformados que estão sendo empregados nas
prefeituras, estados e federação têm renda fixa. É preciso lembrar que para
cada aposentado que volta à ativa fica um cidadão desempregado. Observe-se
ainda que boa parte destes ainda trazem em seu íntimo ranços e recalques de
anos em que tentaram assumir algum cargo sem sucesso em seus órgãos de origem.
Agora retornam, pendurados em cabides oferecidos por políticos que ainda
acreditam na fórmula de ter ao redor grupos familiares, entidades e tudo o que puderem.
Muitos desses comissionados aproveitam desses momentos para
descarregar suas cargas de maldade nos subalternos. Nem sequer tomam
conhecimento da história e da experiência de muitos desses servidores concursados.
Para eles, o reconhecimento vem através da humilhação e assédio moral, que para
muitos passa despercebido.
Também tem comissionados em diversos escalões que estão
doentes, que na verdade estão sendo vítimas e precisando de um tratamento.
Conheço depressivos que deveriam estar se tratando. Isso é notório:
comissionados chegam em suas secretarias e departamentos e não dão um bom dia a
ninguém. Atitudes como estas nos dias de hoje não são normais.
Uma necessidade dos administradores municipais no momento é
conseguir ludibriar a crise para conseguir crescer. Isto requer corte nos
gastos, inclusive na folha de pagamento. Como estamos findando um mandato e
começando outro está na hora de valorizar profissionais competentes, aproveitando
ao máximo os servidores de carreira, aliando experiência e contenção de gastos.
Acrescentando que o período de adaptação não existe pois os cargos serão
preenchidos por quem conhece a casa.
Será reconhecida como justa a contratação de aposentados e
reformados quando não houver profissionais preparados e interessados em assumir
a responsabilidade, o que quase sempre não é o caso. Têm governantes que chegam
a ser eclesiásticos. Mas só com aposentados e reformados.
Gurupi, 24 de Outubro de 2016.
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