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terça-feira, 15 de outubro de 2019

11º encontro | Família Figueiras reúne parentes e amigos em Alvorada

Peço licença aos leitores para fugir um pouco das narrativas tradicionais do Jornalismo. Em partes colocarei as minhas impressões pessoais, misturando discursos entre 1ª, 2ª e 3ª pessoa.

Por George Henrique
Acadêmico de Jornalismo
A festa fantasia ocorreu na noite de sábado, além de uma carreata pelas
ruas do município
Descontração, alegria, união, saudade, confraternização e muita festa. Os Figueiras, uma das famílias tradicionais, fundadoras e pioneiras de Alvorada, celebraram o 11º encontro da família, na Chácara Gávea, nos dias 11, 12 e 13 de outubro, com missa, momentos de lazer, brincadeiras com as crianças, festa fantasia, jogos de truco, futebol, carreata, muita comida, bebida e música ao vivo.

Como amigo da família, e me sinto lisonjeado por isso, recebi o convite para prestigiar de perto este momento de fortalecimento dos vínculos familiares, tocar umas modas e me alegrar. Após um pequeno período sem realizar o encontro, por causa de perdas dolorosas de pessoas especiais, a família resolveu novamente se reunir para celebrar a unidade e o dom da vida.

Entusiasmado, Alano Odesto Figueiras Fagundes comemorou a volta dos encontros familiares. “Muito mais que um final de semana de comidas e bebidas fartas, uma reunião familiar. Quem olha superficialmente pode até pensar: lá estão os Figueiras reunidos novamente para farrear. Mas quem se atreve a mergulhar, é capaz de entender a profundidade desse encontro”, explicou.

Vibrar com a vida e se divertir com parentes e amigos é imprescindível, mesmo carregando dores irreparáveis e irremediáveis. Isso não significa que serão esquecidos os que estão habitando na morada eterna. Muito pelo contrário. Eles deixam lacunas inesquecíveis de saudades na gente, mas é preciso entender que eles, com toda a certeza do mundo, estão alegres com a família reunida, em festa, novamente aqui na terra.

Durante a carreata, os Figueiras deram uma passadinha
na casa grande para tirar uma foto
“Não foi fácil. Como disse a Geórgia, representando sua mãe, seus irmãos, cunhados, filha e sobrinhos: Deus desenhou para que o Sulinha fosse sorteado para fechar esse ciclo de encontros. Nós não sabíamos, mas Ele sabia quem participaria ou não. Sentimos falta? SIM! Até mesmo dos rompantes... assim como sentimos falta da Tia Daura, do Padrinho Wilson, do Lucas, do Junior. Desses somos obrigados a aceitar a ausência”, ressaltou Alano.

Alano entende e aceita, neste ano, as justificativas de ausências pelos mais variados motivos, “mas já com a expectativa de presença confirmada no próximo ano”. Sobre este primeiro encontro após algumas perdas na família, o jovem médico demonstrou sentimentos opostos, próprios de quem traz no peito a saudade de pessoas especiais e sabe a importância desta reunião familiar.

“Foi fácil? NÃO. Tinha na garganta aquele choro atravessado. No olho, aquela lágrima que insistia em encontrar o chão. No coração, aquele aperto doído! Mas antes que essa saudosa tristeza dominasse o clima do encontro, logo buscávamos, ou mandávamos alguém buscar, uma Brahma gelada, puxávamos uma música e uma dança e o clima se tornava mais ameno... mais a nossa cara!”, revelou.

A organização desta edição era da família do tio de Alano, Adailton Figueiras (in memoriam), representado pela sua esposa Creuza de Souza Figueira, filhos e netos. “Parabéns Tia Creuza e toda sua família por superarem todas as barreiras e nos proporcionarem um final de semana maravilhoso. Já estamos ansiosos pelo 12º... e o 13º... e o 20º! Viva a Família Figueiras”, festejou Alano Odesto.

Dumara segura o primeiro limão de caixo da história da humanidade -
Tia Creuza é a primeira à direita
Esta belíssima tradição acontece por meio dos descendentes do tronco familiar de Jorge José Figueiras, Izaurenita Figueiras e Augusta Oliveira Figueiras, como contou Creuza. Com os olhos brilhantes de emoção e felicidade por ver a família reunida, ela louvou e agradeceu a Deus pelos parentes e amigos e rogou para que eles nunca percam o sentido de ser família.

“Com a permissão de Deus e a participação de todos o evento foi realizado, e aqui deixo o meu agradecimento a todos os envolvidos, a todos os participantes, aqueles que não puderam comparecer, o meu muito obrigado, e que nunca perderemos o sentindo de ter uma família e fazer parte dela”, agradeceu Creuza Figueira.

A camiseta do encontro trouxe a reflexão – Uma família feliz é um refúgio que prevalece de pé, mesmo quando as maiores tempestades passam pelas nossas vidas.

Destaques da festa
Aurenice Figueiras Pimentel, sem sombra de dúvidas, por sua animação e irreverência, foi um dos grandes nomes da festa. Em diversos momentos viveu uma espécie de trama de novela das nove. Vestiu-se como uma boiadeira finíssima da região e, com seu berrante improvisado, arrancou sorrisos dos parentes. Alegria, alegria, alegria e gargalhadas eloquentes.

Vídeo da cantora oficial da festa Valda Berranteira (Aurenice Figueiras)

Na noite do sábado, enquanto a maioria dormia, um grupo fez serenatas de barraca em barraca, colchão em colchão, com duas músicas que furaram o disco de tanto serem cantadas também no domingo. Com uma pequena modificação na letra cantava-se “nesta chácara tranquila e calma, no silêncio da madrugada, eu canto esta serenata” e “as águas do São Francisco estava por cima da ponte”.

Uma constatação para deixar qualquer um boquiaberto. Quanta disposição das tias Aurenice, Dumara, Tereza e Creuza, hein!? Proporcionaram, nos três dias, um verdadeiro show! Colocou qualquer um no bolso na hora de dançar, cantar e festejar. Tão contagiantes que foram comparadas como “estrelas do rock in rio” pelos integrantes da família. E o violeiro que se vire para acompanha-las.

Eduarda Figueiras Pimentel de Oliveira (ou somente Duda Figueiras), 19 anos, neta de Aurenice, que o diga. “As maninhas Aurenice e Dumara colocam muita ‘novinha’ no bolso. Sempre são as últimas a dormirem e as primeiras a acordarem, e já acordam animadíssimas, chamando todo mundo para levantar e começar o dia com o pé direito. O que elas mais gostam de fazer é dançar e sorrir. Nunca vi igual”, enfatizou.

Mensagem
Família reunida durante a missa na Chácara Gávea
Durante a missa de abertura do encontro na sexta-feira, 11, celebrada pelo padre Tiãozinho (Sebastião Brito), Geórgia de Souza Figueiras, filha de Adailton e Creuza, apresentou uma mensagem representando toda a família mentora desta edição. Para escreve-la teve o auxílio da sua prima, da linhagem materna, Maria do Socorro Souza.

Sem mais enrolação, para encerrar esta matéria mais que especial, trago a mensagem na íntegra e algumas outras fotos do evento desejando toda felicidade do mundo à família Figueiras e a todas as famílias da minha querida Alvorada.

O 11º Encontro da Família Figueiras, que pelo o sorteio é de responsabilidade do irmão caçula Adailton Figueiras, que hoje não se faz presença física em nosso meio, mas em nossos corações.

Agradeço a Deus pela oportunidade, pelo amor recíproco que reina memoravelmente nesta família. Eu sou fausta em fazer parte da mesma.

Agradeço aos patriarcas Jorge José Figueiras, Augusta Oliveira Figueiras e Maronice por serem os mentores desta edificação; que floresceu, dando muitos frutos produzindo boas sementes em prol de nossa comunidade.

Em enlace matrimonial, surgiram as ramificações entre as famílias: Batista, Pereira, Correia, Falcão, Fagundes, Souza, Pimentel, Silva, Ribeiro, Alves, Negris, das quais gerou os genros, Noras, netos, netas, bisnetos, bisnetas, sobrinhos, sobrinhas, primos, primas, comadres, compadres, afilhados, afilhadas... Pessoas que fazem parte da nossa historia, e que nos proporciona momentos de união, paz, companheirismo, compreensão, harmonia, e sobre tudo o dom de amar e perdoar uns aos outros, como Jesus nos ensinou; “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 13,34).

A família desempenha um papel fundamental na nossa vida. É o primeiro grupo social do qual fazemos parte. Dela vêm os nossos primeiros exemplos: aprendemos a ver o mundo e reconhecer que temos uma identidade. É no seio familiar que valores morais e sociais serão formados e sustentarão as relações de toda a vida. O ambiente familiar é aquele onde desejamos estar e para o qual ansiamos retornar, por exemplo, quando saímos do trabalho e quando viajamos, pois nele estão as pessoas que nos fazem sentir seguros e amados. Em casa é onde queremos encontrar harmonia, afeto, proteção, e todo tipo de apoio necessário para a resolução de conflitos e problemas.

Construir esse ambiente para nossos filhos é um grande desafio, pois lidamos com diferentes pessoas e várias adversidades. Contudo temos grandes aliados para superar esse desafio: o amor, que é capaz de unir as pessoas e transformá-las no melhor que podem ser.

Outra virtude importante é a paciência que permite ao tempo nos indicar sempre o melhor caminho e o melhor momento para as coisas acontecerem, sem dúvida é o instrutor da razão.

Na oportunidade gostaria de falar aos membros das famílias que se perpetue esta educação dos nossos antepassados aos nossos seguidores...

Eu me orgulho muito por sentir que existe verdadeiro amor nos laços que nos têm mantido próximos. Tudo o que peço é que nós possamos continuar assim para sempre.

Meu Deus, quero muito Te agradecer pela família que tenho. Problemas todos nós enfrentamos e dias difíceis sempre haverá em todas as casas, mas nós confiamos plenamente na Tua orientação e o resultado é uma união muito forte entre nós.

Porém, se a nossa família se mantiver unida, não eliminaremos os desafios, mas vamos conseguir superá-los com mais facilidade.

Todos de pé para fazermos um Pai nosso e uma Ave Maria pelos nossos entes queridos.

Alvorada, 29 de Junho de 2018.

Alvorada, 11 de Outubro 2019.






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